Makeover de um jardim
- Yolita
- 11 de ago. de 2017
- 4 min de leitura

De um quintal velho e abandonado a um jardim que é um refúgio dentro da cidade. Este podia ser o resumo da história do jardim nas traseiras da minha casa.
Há 2 anos, quando visitei esta casa pela primeira vez, apaixonei-me pela ameixoeira velhinha que se ergue lá ao fundo. A casa era pequena, construída de 1950 e com todos os sinais do tempo bem à vista. Depois de obras totais, quatro longos meses de pó, suor e algumas lágrimas e muitas indecisões, fiquei com uma casa (moradia) que continua pequena, mas que tem um pequeno jardim à frente, um bom jardim atrás e um terraço bastante apreciável no 1º andar. Tudo junto, a área exterior da casa é maior do que a área interior.
Estas são as fotos de antes das obras. Um susto, certo?



Ao fundo do jardim havia um anexo, que foi demolido e reconstruído. Após as obras, o chão ficou vazio, com uma área coberta de mosaico junto à saída da habitação e outra em frente ao anexo. Mantive as árvores (a ameixoeira, um limoeiro e um loureiro) e umas roseiras lindíssimas que cá havia. Mas não havia mesmo mais nada... Terra vazia, muito pó e um potencial altamente apetecível. Basicamente, isto...


Após um longo processo e um curto orçamento, o que temos um jardim com algum verde, a terra batida e vazia quase totalmente coberta e várias zonas diferentes. As cercas em madeira são uma tentativa bastante bem sucedida de impedir a terra de sair do sítio e a hortelã de invadir tudo. O cão não faz parte do jardim, mas é o seu maior utilizador...

Há três zonas fundamentais no jardim e, contrariamente ao que se vê nos programas de decoração, há zonas repetidas porque é necessário gerir a relação entre sol e sombra. Quando se sai da porta da sala para o jardim estamos virados para sudoeste, o que significa sol de frente desde as 11 da manhã até ao fim da tarde. Temos uma mesa com duas cadeiras que servem para uma refeição (como é bom tomar ali o pequeno-almoço!), para trabalhar, para navegar na net... O que se quiser fazer, claro está. Como o espaço é pequeno, está apenas uma mesa em permanência. O mobiliário veio quase todo do Ikea e, em vez de uma mesa grande na área de refeição, optei por uma série de mesas pequenas, que se podem deslocar conforme a necessidade. E devo dizer que a qualidade deste conjunto tem sido excelente: dois verões ao sol e continua impecável, é fácil de limpar e tem linhas simples, que se podem decorar com outros acessórios muito facilmente.

Ao fundo, à sombra do anexo e das árvores, fiz a zona de refeições, com 3 mesas seguidas, que está quase sempre à sombra. É também aí que está a casota do cão, na melhor sombra de todo o jardim. Se isto fosse um blogue daqueles mesmo de decoração, tudo isto teria vasos com plantas e garrafas de água de fruta sobre a mesa, mas a verdade é que as mesas vivem vazias e os enfeites bonitos irão para lá quando fizerem falta. Depois eu mostro várias opções.

Entre as duas zonas de mesas, estão duas zonas de descanso, ambas à sombra de árvores. A parte de terra do jardim é dividida em duas metades por um passo japonês (aquelas pedras que têm o tamanho de uma passada curta e que, no meu caso, são castanhas).
De um lado optei por mosaicos de deck com 40 x 40 cm, diretamente colocados sobre a terra nivelada. A seu tempo irá levar uma manta sob o deck, mas por enquanto preciso que a terra se alise o mais possível. Preferi os mosaicos mais pequenos porque, além de serem mais baratos, fazem um padrão engraçado se os desencontrar e assentam melhor sob uma superfície nem sempre regular. Já conseguir que a terra esteja bastante certa foi uma sessão de enxada bastante dolorosa!

O canto à esquerda, onde está a mangueira, irá ser a horta de cheiros, mas essa só dará frutos visíveis daqui a umas longas semanas. Na versão final, já com mobiliário, está uma cadeira de descanso e um pufe, além de uma cama de rede suspensa na ameixoeira e que irá ser substituída por uma sem as traves de madeira . O vaso no meio irá ser transformado numa mesa de apoio, mas por enquanto já se consegue poisar o copo e o livro.

Do lado direito, coloquei relva sintética de pêlo curto. Ainda não ser se a de pêlo longo seria preferível, porque é mais bonita, mas a proximidade à terra torna a questão da limpeza e manutenção num problema, e esta é mais fácil neste aspecto.

Também aqui há uma cadeira e um vaso que se irá transformar numa mesa num futuro próximo (ainda não aparece na imagem). O tapete é de sisal e, não sendo perfeito para o exterior, é de limpeza fácil e dá um ar mais sofisticado a este cantinho.


Faltam ainda alguns detalhes, como acabar a horta de cheiros, as mesas de apoio e colocar pedras a delimitar o passo japonês e outras pequenas áreas, mas globalmente estou muito satisfeita com o jardim: está bonito, confortável e também prático e fácil de manter.
Venham os almoços de verão e as bebidas ao pôr-do-sol!

